TEMPLARISMO PORTUGAL
Após a suspensão da Ordem dos Templários no século XIV, apenas em Portugal ela teve continuação, por iniciativa de el-Rei D. Dinis, com a nova designação de Ordem de Cristo.
A princípio, apenas 56 Cavaleiros do Templo aderiram à recente Ordem criada.
Os mesmos que foram colocados na nova Sede em Castro
Marim, nos confins do Reino do Algarve.
Muitos outros Templários, apercebendo-se que a Ordem nunca mais teria a glória de outrora, optaram por se manter no anonimato, continuando a dar todo o apoio à nova Ordem de Cristo.
Durante os dois séculos que se
seguiriam, estes Cavaleiros iriam escrever a História, distinguindo-se
maioritariamente na grande Epopeia Marítima Portuguesa.
Até que no século XVI, as coisas começaram a mudar.
O poder real subverteu os ideais Templários e a Ordem de
Cristo entrou numa espiral de decadência às mãos de interesses alheios ao seu
Projeto inicial.
Foi a partir dessa altura que a maioria dos Irmãos do Templo
Português se apercebeu que, para a Ordem sobreviver, teria de se manter oculta
desses mesmos nefastos interesses.
Mergulharam-na no anonimato total, escolhendo periodicamente para sua renovação, os seus melhores seguidores, de preferência descendentes diretos dos velhos Cavaleiros.
Método que foi mantido até hoje.
Durante os dois séculos e meio seguintes o mundo esqueceu os
Templários.
Até que no início do século XIX, uns ditos "eruditos", rebuscando em bibliotecas, documentaram-se com algumas crónicas e narrativas e resolveram por iniciativa própria ressuscitar a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Salomão.
Os Templários "voltaram à vida"
pela mão daqueles que, ironicamente, nada tinham de comum com a Ordem e, na
verdade, dela pouco ou nada sabiam.
Entretanto, os verdadeiros Templários permaneceram anónimos, aguardando melhores dias para ressurgir.
No entanto, porém, o mundo não melhorou.
E as condições para a sua reaparição não surgiram.
Ainda...
A partir do século XIX e ainda mais acentuadamente no século
seguinte, o mundo escreveu de tudo sobre os Templários e ainda mais inventou,
relacionando-os com todo o tipo de mitos.
Originou-se, assim, um ambiente propício à criação de imensas
novas ordens templárias que se baseavam apenas nas ditas crónicas e narrativas
que eram agora do conhecimento público.
Nasceu, na época, todo o tipo de organizações templárias, quase todas de cariz maçónico.
Nasceram pseudo-templários por
todo o lado, como cogumelos.
Cremos que existam atualmente mais de trezentas dessas
organizações, todas elas reivindicando a originalidade templária criando assim
uma enorme fraude histórica.
Nenhuma das presentes ordens neo-templárias existentes no
mundo, descende dos antigos Templários.
Atravessando três Eras de existência, só a verdadeira Ordem
dos Cavaleiros Templários Portugueses, caso único, sobreviveu anónima até hoje.
No respeito profundo pela memória e tradição dos seus
antepassados, os Templários Portugueses mantêm o mesmo modo de recrutamento e
transmissão, usado há séculos.
Esse mesmo procedimento obrigou a que o número efetivo dos
nossos Cavaleiros se tenha mantido reduzido desde sempre.
Reduzido, por vezes envelhecido, mas sempre fiel ao seu ideal.
Daí ter sido decidido pela Ordem, buscar o Espírito Templário
adormecido em cada um dos que hoje se identificam connosco e procuram a
Verdade.
O nosso trabalho não tem sido em vão.
Já encontrámos alguns.
Cronista-mor
FONTE:
DEUS
FAMÍLIA
NAÇÃO
É Deus quem elege,
depois chama,
depois capacita e depois envia.
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