(FONS HONORUN) FONTE DE HONRA - ORDENAÇÃO, INVESTIDURA E SAGRAÇÃO

 

Fons honorum, expressão latina para Fonte de Honra, é uma expressão que se refere ao direito legítimo que um Chefe de Estado, monarca ou chefe de família real tem, em virtude da sua posição oficial, de atribuir títulos nobiliárquicos, ordens de cavalaria ou ordens de mérito a outras pessoas.

 Origem

Durante o período inicial da Idade Média, os cavaleiros europeu eram essencialmente guerreiros de armadura e a cavalo: era uma prática comum que os chefes dos cavaleiros conferissem o título de Cavaleiro aos seus melhores soldados que, por sua vez, tinham o direito de conferir o mesmo título a outros. 

Este sistema, através do qual se transmitia a honraria de cavaleiro, começou a mudar durante as Cruzadas, quando surgiram as ordens religiosas de cavalaria: aos cavaleiros pertencentes estas ordens, limitados e vinculados ao voto de obediência ao Grão-Mestre da ordem, era proibido armar cavaleiro a outras pessoas. 

Esta forma de transmissão do título de Cavaleiro agradou aos soberanos, pois garantia a lealdade dos cavaleiros à sua própria causa; neste contexto, os monarcas adquiriam apenas o grau de Grão-Mestre, ou então criavam as suas próprias ordens. 

Após o fim do feudalismo e desde o surgimento de Estados nacionais, por volta do século XIII, tanto as ordens de cavalaria como os títulos de nobreza (nas monarquias) tornaram-se propriedade e domínio do soberano (ou chefe de estado) que as davam para recompensar apenas os seus súbditos (cidadãos) mais leais e merecedores. 

Ou seja, os governantes e chefes de Estado tornaram-se a única "fonte da honra" de suas nações. 

Legitimidade da honra

A questão sobre se uma ordem é uma ordem legitima de cavalaria ou uma "suposta" ordem está ligada à fons honorum.

Uma "fonte de honra" legitima corresponde a alguém que seja considerado soberano desde, ou depois, o momento em que a ordem foi criada; possuir características de soberano antes da criação de uma ordem, é considerado legitimo para criar uma ordem de cavalaria apenas se o anterior soberano não tiver abdicado antes da criação da ordem, mas sim, ter sido deposto ou ter perdido o seu poder de alguma forma. 

Atualmente, alguém que seja Cavaleiro ou tenha nascido no seio da nobreza, não pode conceder títulos nobiliárquicos, de Cavalaria ou de Ordens de Cavalaria a outrem. 

De acordo com a lei internacional, e com a tradição, ninguém pode ser "fonte de honra", a não ser um soberano, um chefe de Estado ou chefe de uma Casa Real. 

Referências

 Registo das Ordens de cavalaria

Mesmo o Papa, é fons honorum, não por sua qualidade de chefe religioso, mas de Chefe-de-Estado. 

Como sabemos, a Santa Sé é, de jure, um país - Títulos de Nobreza, Ordens de Cavalaria e Fons Honorum, por Saboia Bandeira de Mello, 06 de Agosto de 2012 Arquivado em 5 de maio de 2014, no Wayback Machine.

o fonte de honra (Latina: Fons Honorum) refere-se a uma pessoa que, em virtude de sua posição oficial, tem o direito exclusivo de conferir títulos de nobreza e ordens de cavalaria em outras pessoas.

Origem

Durante o Alta Idade Média, Europeu cavaleiros eram essencialmente guerreiros montados e blindados; em virtude de sua característica definidora de subinfeudação, dentro feudalismo era uma prática comum para o comandante dos cavaleiros conferir o título de cavaleiro aos seus melhores soldados, que por sua vez tinha o direito de conferir o título de cavaleiro a outros ao obter o comando.

Na maior parte da Idade Média, era possível que indivíduos particulares formassem ordens de cavalaria.

Uma das  mais antiga ordem de cavalaria existente, a Ordem Militar Soberana de Malta, foi formada como uma organização privada que mais tarde recebeu sanção oficial da igreja e do estado.

O século 13 testemunhou a tendência dos monarcas, começando com o imperador Frederick II (Como Rei da Sicília) em 1231, retendo o direito de Fons Honorum como um prerrogativa real, gradualmente revogando o direito dos cavaleiros de elevar seus escudeiros ao título de cavaleiro.

 Após o final de feudalismo e a ascensão do Estado-nação, ordens e cavaleiros, junto com títulos de nobreza (no caso de monarquias), tornaram-se domínio dos monarcas (chefes de estado) para recompensar seus súditos leais (cidadãos) - em outras palavras, os chefes de estado se tornaram suas nações "fontes de honra".

Muitos dos cavaleiros militares de estilo antigo se ressentiam do que consideravam ser um rei invasão sobre sua independência. 

O falecido britânico antropólogo social, Julian A. Pitt-Rivers, observou que "embora o soberano seja a 'fonte de honra' em um sentido, ele também é o inimigo da honra em outro, uma vez que afirma arbitrar a seu respeito".

No início do século XIII, quando um autor desconhecido compôs L'Histoire de Guillaume le Marechal), (uma biografia em verso de William Marshal, primeiro conde de Pembroke, muitas vezes considerado o maior cavaleiro inglês medieval Richard W. Kaeuper observa que "o autor lamenta o fato de que, em sua época, o espírito de cavalaria foi aprisionado; a vida dos Cavaleiro errante, ele acusa, foi reduzido ao do litigante nos tribunais. "

Legalidade das honras hoje

A questão de saber se um pedido é legítimo ordem cavalheiresca ou um ordem auto-denominada coincide com o assunto do fons honorum.

Uma fonte legítima de honra é uma pessoa ou entidade que detém soberania quando o pedido é concedido; em última análise, é a autoridade do estado, seja exercida por um monarca reinante ou pelo presidente de uma república, que distingue as ordens de cavalaria das organizações privadas.

Outras pessoas, sejam plebeus, cavaleiros ou nobres, não têm mais o direito de conferir títulos de nobreza, cavalaria ou ordens de cavalaria a outros.

O site oficial da monarquia britânica declara: "Como a 'fonte de honra' no Reino Unido, a Rainha tem o direito exclusivo de conferir todos os títulos de honra, incluindo nobres vitalícios, títulos de cavaleiro e prêmios de galanteria."

Algumas sociedades privadas no Reino Unido (como a Royal Humane Society) ter permissão do monarca para conceder medalhas que podem ser usadas por aqueles em uniforme, desde que a medalha da sociedade privada seja usada no lado direito em vez do esquerdo usual.

 Na Espanha, a fonte de honra é Rei Felipe VI como chefe de estado.

Na França, apenas as decorações reconhecidas pela Grande Chancelaria do Legião de honra pode ser usado publicamente e deve ser solicitada e concedida permissão para usar quaisquer prêmios ou condecorações estrangeiras. 

Ordens dinásticas são proibidos, a menos que a dinastia em questão seja atualmente reconhecida como soberana.

(Por exemplo, o Ordem Real Vitoriana é explicitamente reconhecido, enquanto o Ordem dos Santos Maurício e Lázaro não é.)

O não cumprimento é punível por lei. 

Uma lista não exaustiva de pedidos autorizados coletivamente é publicada pelo governo.

"Essas duas disposições têm como objetivo proteger o conjunto de distinções nacionais e estrangeiras autênticas, tentando evitar o uso de decorações falsas''. 

Elas podem resultar de entidades territoriais que não aderiram à soberania ou mesmo de países, nações, impérios ou reinos que são os produtos puros e simples da imaginação hiperativa de alguém, um fã de ficção ou mesmo um megalomaníaco, senão atos puramente mercantis ou mesmo a intenção patente de abusar e enganar os outros.

O Presidente da Republica Portuguesa ''herdou'' os deveres de fonte de honra do Monarcas portugueses, uma vez que, ao contrário dos títulos de nobreza, o Ordens de cavalaria portuguesas não foram extintos com o Revolução Republicana em 1910. 

O atual Constituição de Portugal alternativamente denomina o Presidente de "Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas" (Português: Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas); nesta qualidade, o presidente pode usar como uma insígnia particular o Faixa das Três Ordens, que se tornou um símbolo da magistratura presidencial portuguesa.

As Ordens Papais de Cavalaria compreendem cinco pedidos concedidos diretamente pelo Santa Sé e dois outros que 'reconhece e apóia: o Ordem Militar Soberana de Malta e a Ordem do Santo Sepulcro. 

Em resposta a perguntas sobre a relação da Igreja Católica com um grande número de ordens cavalheirescas católicas romanas autoproclamadas, a Santa Sé emitiu uma declaração em 2012 afirmando que qualquer órgão além de suas próprias sete ordens aprovadas, sejam de origem recente ou de fundação medieval, não são reconhecidos pela Santa Sé e que a Santa Sé não garante a sua legitimidade histórica ou jurídica, os seus fins ou estruturas organizacionais... para evitar a continuação dos abusos que podem resultar em danos para as pessoas de boa fé, o A Santa Sé confirma que não atribui absolutamente nenhum valor aos certificados de filiação ou insígnias emitidos por esses grupos, e considera impróprio o uso de igrejas ou capelas para as chamadas "cerimônias de investidura". 

A questão do “Fons” do “Fonshonorum” do Senhor de Santar

SERÁ QUE a REPÚBLICA PORTUGUESA, maçónica carbonária na sua génese e que foi responsável direta ou indiretamente pelo Regicídio pode DETERMINAR “FONS HONORUM” a esse convencido legatário? 

O Povo Português, muito particularmente os monárquicos nacionais, deviam saber muito bem, e de forma particular e hereditariamente esclarecida os aristocratas que “Fons Honorum”, sendo uma expressão latina para Fonte de Honra, é uma declaração que refere o direito legítimo que um Chefe de Estado tem, em virtude da sua posição oficial, quer na monarquia ou em república, de atribuir condecorações no último caso, sendo que, no primeiro caso, pode conferir títulos nobiliárquicos, Ordens de Cavalaria ou Ordens de Mérito a pessoas que se destaquem por serviços prestados à sociedade.

Neste contexto, e após o fim do feudalismo e, por conseguinte, desde o surgimento dos Estados Nacionais por volta do século XIII, tanto as Ordens de Cavalaria como os Títulos de Nobreza (nas monarquias) tornaram-se propriedade e domínio do soberano (ou chefe de estado) que as davam para recompensar apenas os seus súbditos (cidadãos) mais leais e merecedores, ou seja, os governantes e chefes de Estado tornaram-se a única “fonte da honra” das suas respectivas nações. 

Assim, creio que a questão sobre se uma ORDEM é uma ordem legítima de CAVALARIA ou uma “suposta” ordem está sempre ligada à “Fons Honorum”. 

Por outras palavras, refiro uma “Fonte de Honra” legítima que corresponda a alguém que seja considerado soberano desde, ou depois, do momento em que a Ordem foi criada; possuir características de soberano antes da criação de uma Ordem, e ser considerado fidedigno para criar uma Ordem de Cavalaria apenas se o anterior soberano não tiver abdicado antes da criação da Ordem, mas sim, ter sido deposto ou ter perdido o seu poder de alguma forma. 

Atualmente, alguém que seja Cavaleiro ou tenha nascido no seio da Nobreza, não pode conceder títulos nobiliárquicos, de Cavalaria ou de Ordens de Cavalaria a outrem. 

Assim, de acordo com a Lei Internacional, e com a Tradição, ninguém pode ser “fonte de honra”, a não ser tão-somente um soberano em exercício ou sem trono, mesmo vivendo em exílio, ou seja, um chefe de Estado ou Chefe de uma Casa Real. 

Interessantemente, lembro que, mesmo o Papa, é Fons Honorum não por sua qualidade de chefe religioso, mas de Chefe-de-Estado (principado ou papado). 

E, tal como sabemos, a Santa Sé é, de jure, realmente um país, mesmo que estivesse por alguma razão fora do Vaticano!

Ora, incidindo no mote cardeal desta explanação, desejo lembrar a todos os leitores que, após a súbita e muito suspeita morte do último monarca português, El-Rei Dom Manuel II, os diversos organismos monárquicos à altura existentes, como a Causa Monárquica que, por vezes se confundia e alienava fazendo o rei antes da sua extinção e em exílio descontente e triste, especialmente por via do Integralismo Lusitano, também os Delegados dos Antigos Combatentes, etc., sob a presidência do Lugar-Tenente de Sua Majestade o Senhor Dom Manuel II não deu prosseguimento nem aval para que os abjurados “primos” – em sexto, sétimo, oitavo e nono grau -  dessem continuidade na Chefia da Sereníssima Casa de Bragança e da Casa Real Portuguesa, por via que a linha genealógica oriunda de Dom Miguel, o usurpador e absolutista, absolutamente culpado da guerra civil para levar a cabo um governo absolutista, seguindo os intentos de sua mãe, Dona Carlota Joaquina, através da representação do seu neto o Senhor Duarte Nuno e, hoje em dia, pelo Senhor Duarte Pio de Bragança, perdeu – por DECRETO de DONA MARIA II - o direito aos graus, títulos e honrarias que pudessem dirigir essa família de apostatados e traidores à hipótese da Restauração do Trono de Portugal. 

Portanto, a continuidade dinástica, ou seja, a continuidade histórica, coube à Infanta de Portugal, SAR Dona Maria Pia de Bragança-Wettin (a Princesa propositadamente ignorada), realmente pela mão de seu Augusto Pai, El-Rei Dom Carlos I, declarada sua filha com todos os direitos e prerrogativas de Infanta de Portugal, portanto XXIª Duquesa de Bragança após a morte do último Rei de Portugal, Dom Manuel II, seu meio-irmão, que não deixou filhos nem nunca perfilhou ou reconheceu quaisquer direitos dinásticos da descendência miguelista; pelo contrário, fê-los jurar fidelidade à distância. 

E isto é História impoluta e válida, realmente documentada.

Por conseguinte, em abono da verdade, o “Fons Honorum” pretensamente glorificado em 1932 pelos maneirismos administrativos da república que pretenderam dar “continuidade” dinástica em república da Sereníssima Casa de Bragança, através dos descendentes de Dom Miguel, é nula, desleal e vergonhosa, sendo uma falácia que tem de ser desmascarada vezes sem conta, infelizmente perante a perda da coluna vertebral de uma aristocracia caduca que se encurva para não perder o tacho ou os selfies  momentâneos que essa família faz produzir à custa da crença e boa vontade do Povo Português!

Em suma, todos os pseudo Documentos da Aclamação do “proclamado rei” Duarte II, usando indevidamente o nome de João d´Azevedo Coutinho, último lugar-tenente de El-Rei Dom Manuel II, são uma dissimulação, um teatro e um autêntico embuste que não mais convence os portugueses mais precavidos, e são já milhares!

FONTES:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Fons_honorum    


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Comentários

  1. A ORDENAÇÃO DE UM CAVALEIRO
    A Cavalaria Medieval, foi de suma importância na idade média para o Cristianismo. Assim por sua bravura era filiado na Ordem para ser ordenado, prometendo defender os mais necessitados, quanto em sua missão em levar o Nome de Deus por onde foram.

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  2. A INVESTIDURA DE UM CAVALEIRO
    A cerimônia de iniciação, teria surgido por volta do século XI, mas ganhou maiores proporções a partir do século XII. Na noite anterior a da cerimônia, banhavasse para tirar as impurezas, ficava em jejum e em oração durante a noite.
    Depois o investidor mais velho lhe dava um tapa no rosto onde era seguido por uma passagem bíblica. O então agora Cavaleiro, também fazia um juramento, defender a Cristandade e os necessitados e o Nome de Deus.
    Muitas vezes essas cerimônias eram coletivas, e também por vezes feitas nos campos de batalha.

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  3. A SAGRAÇÃO DE UM CAVALEIRO
    Um Cavaleiro quando era sagrado, devia passar por um ritual, para que estivesse disposto a seguir uma vida regrada e de fé.
    Já no dia da Sagração, ganhava vestimentas novas. E após velada as armas, entregavam - lhe a lança, o escudo, e a espada, previamente depositadas no altar. A espada lhe era cingida ao lado, enquanto os outros Cavaleiros testemunhava sua admissão na Ordem

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