TEMPLÁRIOS PORTUGAL


A Ordem dos Templários estabeleceu-se em  Portugal no séc. XII, para ajudar os primeiros reis portugueses na Reconquista Cristã e continuar as Cruzadas. 



O seu castelo, que fundaram em Tomar, em 1160, era na época o mais moderno e avançado dispositivo militar do reino, inspirado nas fortificações da Terra Santa.


 

Os Templários foram muito importantes em Portugal e ainda temos alguns de seus monumentos (por exemplo, em Tomar).

 


Estudou sua presença em Portugal?

 


Esta história relaciona-se de alguma forma com a história contada em Knightfall?

 


A história dos Templários portugueses tem sido muito negligenciada.


 

As pessoas esquecem-se que houve dois grandes cenários de Cruzadas: a Península Ibérica era tão dramática e importante quanto a Terra Santa, e a reconquista é uma parte maciça da história europeia.

 


A presença dos Templários em Portugal é especialmente importante quando discutimos a sua queda porque a Ordem de Cristo foi em parte uma re-fundação dos Templários sob proteção e comando portugueses.

 


A Ordem compreendia quatro classes : Os cavaleiros, os escudeiros, os irmãos leigos e os capelães e sacerdotes (chefes militares, sargentos, soldados, clérigos).

 


Juravam consagrar a sua vida ao serviço de Deus, defender no temporal a fé cristã e os lugares santos e combater os seus inimigos, fazendo votos de pobreza, obediência e castidade.

 


Para o combate armam-se por dentro de fé e por fora de ferro, sem qualquer espécie de ornato e tendo as armas como único enfeite.

 


Toda a sua confiança está no Deus dos exércitos e, combatendo pela sua causa procuram uma vitória certa ou uma morte  santa  e  honrosa.

 


Portugal: país Templário

Foi principalmente na Península Hispânica, e em particular em Portugal, nas campanhas de reconquista contra os mouros, que os  Templários mantiveram a sua ação de luta pela propagação da fé cristã. 

 


Como  em França e na Inglaterra não tinham as mesmas condições  dedicaram-se sobretudo à  atividade financeira, o que os tornou odiosamente vítimas da inveja dos grandes senhores feudais e mesmo de Reis. 

 


Para tal, contornavam as disposições da igreja que proibiam os cristãos de exercer tal atividade.

 


Os Templários na Península Ibérica tiveram uma atuação benemérita que foi reconhecida e recompensada pelos Reis com benefícios importantes.

 


Estavam isentos de impostos e da jurisdição episcopal como os censos  eclesiásticos gerais.

 


Ao contrário do que ocorria em França e na Inglaterra, na Península Ibérica os Reis concediam-lhes  privilégios e doações de territórios muitos dos quais situados nas fronteiras, de preferência em zona de combate e de vanguarda cristã contra os mouros.

 


Na saga de dom Afonso Henriques pela conquista das terras que formariam o reino de Portugal, os Templários ajudaram com os seus conhecimentos militares e com a força dos seus sacerdotes soldados.

 


Em 1147, estão ao lado do primeiro rei português nos combates intensos que culminaram nas conquistas de Santarém e Lisboa aos mouros, que assegurariam a extensão das fronteiras portucalenses nas áreas da linha do Tejo.

 


Como recompensa pela ajuda à vitória aos mouros, dom Afonso Henriques fez-lhes doações do eclesiástico das terras libertadas.

 


Em 1159, dom Gualdim Pais era o mestre da ordem em terras portucalenses.

 


É nesta época que os Templários recebem o castelo de Ceras e todas as terras a ele adjacentes, num vasto território que ia do rio Mondego ao rio Tejo, correndo pela linha do rio Zêzere.

 


São instalados na região por doação hereditario jure daquele ano, concedida por dom Afonso Henriques.


 

O castelo de Ceras foi entregue aos Templários em ruínas, o que levou dom Gualdim Pais a decidir edificar uma nova fortaleza em um morro sobranceiro às margens do rio Nabão.



A edificação da fortaleza foi iniciada em 1 de Março de 1160, no morro situado do lado direito das margens do Nabão.

 


A partir de então, deu-se o princípio da vila de Tomar, que se desenvolveu ao redor do morro.

 


Mediante a grandes doações régias, os Templários passaram a ser donos de uma grande fortuna no jovem reino de Portugal.

 


Sua expansão prosseguia, em 1165 recebiam os territórios de Idanha e de Monsanto.

 


A partir de 1169, passaram a receber como doação, a terça parte de tudo que viessem a conquistar além do Tejo. 



Ainda naquele ano, foram confirmadas a posse da ordem aos castelos da Cardiga (na foz do Zêzere) e de Tomar.

 


Por esta ocasião, o castelo de Almourol, uma fortaleza situada numa ilha escarpada no meio do Tejo, e conquistado aos mouros em 1129, foi entregue aos Templários, que o reedificou, fazendo com que assumisse a beleza arquitectónica que se vê até os dias de hoje.

 


No reinado de dom Sancho I, o emir do Magrebe, Ibne Iuçufe, empreende um grande cerco ao castelo de Tomar. 




O cerco aconteceu a 13 de Julho de 1190, mas foi malogrado pela habilidade belicosa dos Templários, que defenderam com eficácia o reino. 




Desde então, a presença dos cavaleiros da ordem tornou-se indispensável em todo território português, formado na sua maior parte, por terras conquistadas aos mouros.

 


Os cavaleiros garantiam a conquista desde a linha do Mondego ao Tejo.

 


Em agradecimento a esta proteção, aumentavam as doações à ordem, vindas de particulares ou de cartas régias.

 


Além de garantir a posse das terras, os cavaleiros ajudavam na fomentação dos povoamentos das regiões que defendiam.

 


O  livro  “A  Maçonaria  na  Independência  Brasileira”, em  co-autoria  com  seu  irmão Manoel  Rodrigues  Ferreira,  apresenta  uma  impressionante  coletânea  de  documentos,  base  de onde os autores estabeleceram muitas de suas controversas teses aqui apresentadas. 

 


Para Tito  Livio Ferreira  um pré-requisito para compreendermos a História do Brasil é conhecer  mais  profundamente  a  História  de  Portugal,  a  qual  singular  no  concerto  das  nações européias  (primeira  nação  constituída  da  Europa  -  1385),  explica  a  História  do  Brasil, igualmente singular no âmbito das Américas. 

 


Assim,  retrocederemos até  quando o Condado Portucalense  foi presenteado por Leon e Castela a Henrique de Bourbon, um príncipe dos Capeto, por seu casamento com a princesa castelhana  Dna.  Tereza.   

 


Após  a  morte  de  D.  Henrique,  seu  filho  Afonso  Henriques  procura tornar-se  independente  da  influencia  castelhana  e  para  isto  conta  com  o  apoio  do  grande contingente  templário  baseado  em  Portugal. 

 


Esta  ligação  com  os  Templários  influenciará fortemente na formação do futuro Reino e seu destino. Tito  Lívio  Ferreira  destaca  que    na  crista  da  Idade  Media  a  Lusitânia  começa  a reorganizar  o  Município  Romano,  sob  o  nome  de  Conselhos,  que  surgem  como  grêmios defensores  das  liberdades  e  direitos  do  povo,  agrupando  os  poderes  judiciário,  legislativo  e executivo, exercidos pelos boni-hominis eleitos pelo povo. Assim, na monarquia antiga criada por  Afonso  Henriques  (D.Afonso  I)  em  1140,  foi  o  Rei  aclamado  por  seus  vassalos. 

 


Daí considerar-se que o poder residia na Nação, que o delegava ao soberano, que caso fosse contra as leis estatutárias e violasse os costumes do Reino podia ser deposto.

 


Em 1254 nas cortes de Leria,  ao  lado  do  Rei,  no  Conselho  de  sua majestade  figuram  os  representantes  do  povo  pela primeira vez na Europa.

 


Portanto a tradição e observada quando a 22/1/1532, Martim Afonso de Sousa preside a 1ª eleição livre e popular realizada nas Américas ao instalar a Câmara de Vereadores de São Vicente.

 


Cabe salientar que enquanto não houve eleições nas Américas inglesa e espanhola até a data da independência desses povos, no Brasil, desde então as eleições populares eram feitas anualmente de acordo com a lei eleitoral capitulada nas Ordenações do Reino.

 


Quando a Ordem dos Templários é extinta pelo Papa Clemente V em 1312, o então Rei de Portugal D. Diniz, cria a Ordem de Cristo para abrigar seus membros.

 


Embora este seja um duro  golpe  para  Portugal  que  tinha  nos  Templários  poderosos  aliados  contra  as  pretensões espanholas  de  conquista,  este  fato  suscita  a  decisão  do  Rei  de  promover  as  navegações  com objetivos   de   expansão   comercial   e   territorial.  

 


Tal intento   contaria   certamente   com   o conhecimento  e  posses  templárias. 

 


D.  Diniz  não  viveria  para  ver  cumpridos  os  seus  planos, mas faz seus filhos jurarem em seu leito de morte que não os abandonariam, pois não visavam simplesmente poder e riqueza, mas a sobrevivência da Nação Portuguesa.

 


Efetivamente   a   saga   dos   descobrimentos   e   conseqüente   expansão   portuguesa principiam em 1415, após a batalha de Ceuta, quando o Infante D. Henrique cria em Lagos, no Algarve,  a  Escola  Naval  de  Sagres,  a    Escola  Náutica  do  Mundo. 

 



Em  1418  ele  é  nomeado pelo  Papa  Martinho  V,  Administrador  Apostólico  da  Ordem  Militar  da  Cavalaria  de  Nosso Senhor Jesus Cristo, ou Ordem de Cristo. 



As Bulas papais de 1418, 1431, 1447, 1452, e 1454, estipulam  que  todas  as  terras  descobertas  pelo  Infante  D.  Henrique  pertençam  à  Milícia  e Ordem  de  Cristo  pelos  tempos  futuros  perpétuos. 

 


Assim  sendo,  a  22/4/1500,  Pedro  Álvares Cabral incorpora ao patrimônio da Ordem de Cristo a terra de Vera Cruz, depois Província de Santa  Cruz,  ou  seja,  o  Brasil  não  pertencia  a  Portugal  nem  a  Coroa  Portuguesa,  mas  era patrimônio da Ordem de Cristo e governado pela Monarquia Portuguesa.


 

Três  séculos  depois  D.  João  VI,  (1767-1826),  da  Dinastia  Bragança,  27°  Rei  de Portugal,  em  seu  tempo  considerado  um  grande  estadista  pela  visão  globalizante,  soube entender  /  valorizar  /  organizar  o  tremendo  potencial  de  sua  possessão  ultramarina,  e  a 16/12/1815  estabelece  o  Reino  Unido  de  Portugal,  Brasil  e  Algarves  e  cria  a  primeira Comunidade Global formada pela Monarquia Portuguesa (que serviu de modelo para o Reino Unido  da  Grã  Bretanha  criado  meio  século  depois,  em  1867),  unindo  todos  os  súditos portugueses  em  um  Império  duas  vezes  maior  que  o  Romano,  pois  abrangia  o  Reino  de Portugal,  o  Reino  do  Brasil,  Ilhas  Atlânticas,  Angola,  Guiné,  Moçambique,  (províncias africanas), Goa e Macau, (províncias asiáticas), e Timor na Oceania, constituído por 10 raças: Lusitanos, Celtas, Iberos, Gregos, Fenícios, Cartagineses (norte da África), Romanos, Alemães Visigodos, Árabes e Normandos, o 1° com abrangência planetária, coeso em suas mesmas leis únicas,  as  Ordenações  do  Reino,  seus  mesmos  direitos,  suas  mesmas  prerrogativas  e  sua mesma  língua,  sendo  todos  portugueses  pelo  sangue  (jus  sanguini)  e  pelo  solo  (jus  soli). 

 


O Reino  Unido  de  Portugal,  Brasil  e  Algarves,  tinha  sede  no  Rio  de  Janeiro  onde  desde  1808 residia a família Real.







DEUS




FAMÍLIA

 

 

 

NAÇÃO

 

 

É Deus quem elege,

depois chama,

depois capacita e depois envia.

 

 

“Non Nobis, Domine, Non Nobis, Sed Nomini Tuo da Gloriam”



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