OS TEMPLÁRIOS EM PORTUGAL - IMPÉRIO DE CULTURA CRISTÃ

     

O orbe simboliza o domínio de Cristo (a cruz) sobre o mundo (orbe), literalmente sujeito por um governante terreno.

 

O orbe é um símbolo cristão de autoridade utilizado através dos tempos.

 

OS TEMPLÁRIOS EM PORTUGAL:

A história dos Templários é a mais oculta e mais difusa apresentada em livros, estudos ou romances que vemos na atualidade.

 

Alguns estudiosos da matéria afirmam que eles eram uma sociedade envolta em grandes mistérios, estranhas simbologias, associados a mágicos, alquimistas e bruxos.

 

A Ordem dos Templários, conhecida como os cavaleiros do Templo, devotados à defesa dos lugares santos da Palestina, foi fundada em 1119 por Hugo de Payens (1070 - 1136), um fidalgo francês da região de Champanhe, juntamente com mais oito cavaleiros companheiros do nobre militar Godofredo de Bulhão ou Godofredo de Bolhões (1058 - 1100), totalizando o número de nove: entre os quais Godofredo de Saint – Omer e o português Arnaldo da Rocha.

 

Nove anos depois, em 1128, a Ordem dos Templários foi confirmada pelo Papa a pedido de S. Bernardo de Claraval (1090 - 1153), que lhe terá redigido as regras que foram aprovadas em 13 de janeiro de 1123 no Concilio de Troyes no mesmo ano e lhe imprimiu o seu espírito, tendo para tal escrito um livro em louvor dos Templários.

 

Esta foi a única Ordem fundada, não com o intuito de auxiliar peregrinos e doentes, mas sim para combater de forma radical os infiéis.

 

Nos seus documentos oficiais designam-se com "Fratres militiae Templi ou Pauperes commilitones Christi Templique Salomonis".


O rei de Jerusalém Balduíno II oferece-lhes para a sua sede uma ala do seu palácio situado na Mesquita El-Aksa, construída no lugar onde se situara o antigo Templo de Salomão, de onde tiraram o nome e oficializando a Ordem.

 

A Ordem compreendia quatro classes: Os cavaleiros, os escudeiros, os irmãos leigos e os capelães e sacerdotes (chefes militares, sargentos, soldados, clérigos).

 

Juravam consagrar a sua vida ao serviço de Deus, defender no temporal a fé cristã e os lugares santos e combater os seus inimigos, fazendo votos de pobreza, obediência e castidade.

 

O santo abade Bernardo de Claraval descreve-os como "monges – cavaleiros de Deus", vivendo numa sociedade simples, sem mulheres, sem filhos, sem terem nada de próprio.

 

 Nunca estão ociosos, nem espalhados fora das suas casas, quando não estão em campanha contra os infiéis, reparam as vestes, armas e os arreios dos cavalos, ou estão ocupados em exercícios piedosos.

 

Detestam os jogos e futilidades, não se permitem caçar e banham-se raras vezes, andam vestidos de forma desmazelada com a cara queimada pelo sol.

 

Para o combate armam-se espiritualmente de fé e por fora de ferro, sem qualquer espécie de ornato e tendo as armas como único enfeite.

 

Toda a sua confiança está no Deus dos exércitos e, combatendo pela sua causa procuram uma vitória certa ou uma morte santa e honrosa.

 

As suas vestes brancas assim como os mantos, eram ornamentadas com uma cruz vermelha de quatro lados iguais, tal como os seus estandartes, que simbolizava a fé e proteção.


O selo dos cavaleiros Templários tinha também ele um simbolismo, era constituído por dois cavaleiros montados no mesmo cavalo, o que significa para os leigos a fraternidade, entre os cavaleiros tal como o seu voto de pobreza e o templo de Salomão.

 

Enquanto viveram na Palestina, houve sempre uma rivalidade entre os Templários e os Hospitalários, que não poucas vezes se traduziu em lutas armadas que muito enfraqueceram as posições cristãs na Terra Santa.

 

Após a queda de S. João de Acra em 1291 ambas as Ordens transferiram-se para Chipre que o rei de Inglaterra Ricardo Coração de Leão (1157 - 1199), tinha dado ao rei de Jerusalém.

 

Essa rivalidade prolongou-se até à extinção da Ordem dos Templários pelo papa Clemente V a instâncias do rei de França Filipe IV o Belo (1268 - 1314).

 

 

Os líderes Templários foram supliciados.

 

Em 1314, o último grão-mestre, Jacques de Molay (1243 - 1314), foi queimado na fogueira em Paris.

 

De acordo com a lenda, de dentro das chamas este amaldiçoou o rei Filipe IV e sua descendência, o papa Clemente V e o ministro Guilherme de Nogaret, afirmando estes seriam convocados perante o tribunal de Deus no prazo de um ano.

 

De fato, todos os três morreram dentro desse prazo.

 

Enquanto os Cavaleiros do Hospital se conservavam no Mediterrâneo Oriental, os Templários, na linha da sua missão universal expandiram as suas implantações no Ocidente da Europa.

 

 A Ordem do Templo chegara ao Condado Portucalense ainda no governo de D. Teresa de Leão (1080 - 1130), mãe de D. Afonso Henriques (1109 - 1185), e condessa-rainha de Portugal, que lhes fizera, antes de 1126, a doação da vila de Fonte Arcada, atual concelho de Penafiel, data desse período a construção do castelo de Santa Maria da Feira que foi concedida à Ordem dos Templários.

 

D. Teresa patrocinara ainda a instalação da Ordem em Portugal pela importante doação, em 1127, dos castelos de Soure e de Pombal, na linha do rio Mondego, sob o compromisso de colaborar na conquista de terras aos Muçulmanos.

 

Os seus templos constituíam verdadeiras fortalezas, inexpugnáveis, que subsistem ainda hoje em Portugal.

 

 Foi principalmente na Península Hispânica, e em particular em Portugal, nas campanhas de reconquista contra os árabes, que os Templários mantiveram a sua ação de luta pela propagação da fé cristã.

 

Atendendo a que em França e na Inglaterra não tinham as mesmas condições, dedicaram-se sobretudo às atividades financeiras, o que os tornou odiosamente vítimas da inveja dos grandes senhores feudais e mesmo de reis.

 

Para tal, contornavam as disposições da igreja que proibiam os cristãos de exercer tal atividade.

 

Foram até banqueiros do papa, de reis, de príncipes e de particulares.

 

O seu grande poderio financeiro colocou-os mais tarde em conflito com a maioria dos soberanos, ao pretenderem estes defender os seus interesses e dos seus vassalos, que com arrogância cobiçavam as suas riquezas, denunciavam publicamente às mais altas instâncias eclesiásticas, a duvidosa origem lícita dos bens dos Templários.


Eram um Estado dentro de noutro Estado, que originavam muitas vezes graves perturbações de prosperidade económica no entender dos ditos soberanos.

 

Os Templários na Península Ibérica tiveram uma atuação benemérita que foi reconhecida e recompensada pelos reis com benefícios importantes.

 

Estavam isentos de impostos e da jurisdição episcopal como os censos eclesiásticos gerais.

 

Ao contrário do que ocorria em França e na Inglaterra, na Península Ibérica os reis concediam-lhes privilégios e doações de territórios muitos dos quais situados nas fronteiras, de preferência em zona de combate e de vanguarda cristã contra os árabes.

 

Na saga do rei D. Afonso Henriques, pela conquista das terras que formariam o reino de Portugal, os Templários ajudaram em grande parte com os seus conhecimentos militares e com a força dos seus sacerdotes soldados.

 

Em 15 de março de 1147, estão ao lado do primeiro rei português nos combates intensos que culminaram nas conquistas de Santarém e Lisboa aos mouros, que assegurariam a extensão das fronteiras portucalenses nas áreas da linha do Tejo.

 

Como recompensa pela ajuda à vitória contra os Muçulmanos, o rei D. Afonso Henriques fez-lhes doações do eclesiástico das terras libertadas.

 

Em 1159, D. Gualdim País, natural de Amares, (1118 - 1195), era o mestre da ordem em terras portucalenses.

 

É nesta época que os Templários recebem o castelo de Ceras, muitas vezes confundido com o castelo de Tomar, e todas as terras a ele adjacentes, num vasto território que ia do rio Mondego ao rio Tejo, correndo pela linha do rio Zêzere.

 

São instalados na região por doação hereditária daquele ano, concedida por D. Afonso Henriques.

 

O castelo de Ceras foi entregue aos Templários em ruínas, o que levou D. Gualdim Pais a decidir edificar uma nova fortaleza na colina sobranceiro às margens do rio Nabão.

 

A edificação da fortaleza foi iniciada em 1 de  março de 1160, na colina situado do lado direito das margens do Nabão.

 

Na mesma época, iniciou-se a construção da Charola, posteriormente adaptada a Capela-mor, uma das edificações templárias mais importantes no Ocidente.

 

A partir de então, deu-se o princípio da vila de Tomar, que se desenvolveu ao redor dessa colina.

 

Mediante a grandes doações régias, os Templários passaram a ser donos de uma grande fortuna no jovem reino de Portugal.

 

A sua expansão prosseguia, em 1165 recebiam mais territórios e construindo e reedificando castelos como o de Castelo Branco, Nisa, Idanha - a - Velha, Penha Garcia e de Monsanto.

 

A partir de 1169, passaram a receber como doação, a terça parte de tudo que viessem a conquistar além do Tejo.

 

Ainda naquele ano, foram confirmadas a posse da ordem aos castelos da Cardiga (na foz do rio Zêzere) e de Tomar.

 

Por esta ocasião, o castelo de Almourol, uma fortaleza extraordinaria situada numa ilha escarpada no meio do rio Tejo, e conquistado aos árabes em 1129, foi entregue aos Templários, que o reedificou, fazendo com que assumisse a beleza arquitetónica que se vê na atualidade.

 

No reinado de D. Sancho I (1154 - I211), o emir do Magrebe, Ibne Iuçufe, empreende um grande cerco ao castelo de Tomar.

 

O cerco aconteceu a 13 de julho de 1190, mas foi malogrado pela habilidade belicosa dos Templários, que defenderam com eficácia o reino.

 

Desde então, a presença dos cavaleiros da ordem tornou-se indispensável em todo território português, formado na sua maior parte, por terras conquistadas aos mouros.

 

Os cavaleiros garantiam a conquista desde a linha do Mondego ao Tejo.


Em agradecimento a esta proteção, aumentavam as doações à ordem, vindas de particulares ou de  cartas régias.

Além de garantir a posse das terras, os cavaleiros ajudavam na fomentação dos povoamentos das regiões que defendiam.

 

Devido a vicissitudes várias e a fatores que ainda hoje carecem de explicação cabal, a Ordem do Templo foi, há sete séculos, depois de quase duzentos anos de existência, submetida a um processo trágico que levou à sua extinção.

 

Foram e continuam sendo várias as teorias a respeito dos tesouros encontrados pelos Templários e uma delas é que os verdadeiros não foram os artefatos do Templo, mas sim relíquias que pertencem a Jesus Cristo, incluindo os seus ossos, o Santo Graal, entre outras relíquias.

  

A Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo originalmente era uma ordem religiosa e militar, criada a 14 de março de 1319 pela bula pontifícia Ad ea ex-quibus do Papa João XXII, que, deste modo, atendia aos pedidos do rei D. Dinis I (1261 - 1325).

 

Recebeu o nome de Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo e foi herdeira das propriedades e privilégios da Ordem do Templo.

 

No mês de maio desse mesmo ano, numa cerimónia solene que contou com a participação do Arcebispo de Évora, do Alferes-Mor do Reino D. Afonso de Albuquerque (1453 - 1515) e de outros membros da cúria régia, o rei D. Dinis ratificou, em Santarém, a criação da nova Ordem.

 

Foi-lhe então concedida como sede o castelo de Castro Marim, no entanto em 1357 já a sede tinha sido instalada no castelo de Tomar, anterior sede Templária.

 

Foi assim criada a Ordem de Cristo em Portugal designada de Ordo Militiae Jesu Christo pela bula Ad ae exquibus de 15 de março de 1319.

 

Em Portugal, os bens dos Templários ficaram "reservados" por iniciativa do rei, transitando para a coroa entre 1309 e 1310, enquanto decorria o processo, não sem que o monarca rejeitasse o administrador Estêvão de Lisboa, nomeado pelo papa Clemente V.

 

Esses mesmos bens passaram indemnes para a nova congregação em 26 de novembro de 1319, sendo que o papa concedera a exceção aos reis de Castela e Leão, Aragão e Portugal, que se coligaram para contrariar a execução da medida que ordenava a sua transferência para a Ordem do Hospital.

  

Foi feito por Carta Régia em Santarém, a 26 de novembro da era de 1357 (15 de novembro de 1319), se mandou fazer a entrega a D. Gil Martins, 1º Mestre da Ordem de Cristo, de todos os bens, rendas e direitos que foram da Ordem do Templo, tanto Espirituais, Temporais, e dívidas.

 

A nova Ordem surgia, assim como uma reforma dos Templários.

 

Tudo mudou, para ficar mais ou menos na mesma, o hábito era o mesmo, a insígnia também, com uma ligeira alteração, e os bens, transmitidos pelo monarca, correspondiam aos bens Templários.

 

O momento fundamental para o futuro da Ordem surge com a nomeação do Infante D. Henrique (1394 - 1460), Duque de Viseu, como "governador e administrador".

 

O célebre Infante, senhor de grande parte das terras do Reino, não podia fazer voto de pobreza, tendo por isso sido criado o novo cargo.

 

Sendo função do Infante a administração dos bens da Ordem, não surpreende a utilização dos seus importantes recursos no grande desígnio nacional que eram então os Descobrimentos.

 

A Cruz de Cristo, símbolo da Ordem, conquistou os mares desconhecidos, erguida nas velas das caravelas portuguesas, tornando-se um dos mais reconhecidos símbolos nacionais.

 

A 11 de junho de 1421, um capítulo reunido em Tomar adoptou como regra da Ordem de Cristo a da Ordem de Calatrava, o que resolvia quaisquer pendências de natureza espiritual e de obediência, mantendo-se na esfera da cavalaria.

 

Quando Portugal perde a sua independência, em 1580, o rei espanhol Filipe II (1527 - 1598), herdeiro do trono português como Filipe I, torna-se também mestre da Ordem de Cristo, assim como os monarcas espanhóis que lhe sucederam.

 

Com a restauração da independência de Portugal em 1640, o novo rei português, D. João IV (1604 - 1656), restabelece o ramo da cavalaria na Ordem de Cristo com uma original inovação: Os novos cavaleiros advêm irmãos religiosos seculares da Ordem.

 

Estes viviam fora do convento com as suas famílias e tinham uma regra especial para a sua vida secular.

 

A missão destes cavaleiros era principalmente de lutar na guerra da Restauração.

 

O carácter de cavaleiros religiosos laicos é definitivamente consagrado em 1779 pela reforma da rainha D. Maria I (1734 - 1816).

 

Em 1834 com a extinção das ordens religiosas masculinas a Ordem de Cristo é extinta, mas a rainha D. Maria II (1819 - 1853), decide manter a Ordem de Cristo enquanto Ordem Honorifica.

 

A Ordem de Cristo mantêm atualmente essa dignidade sendo o seu Grão-Mestre o Presidente da República Portuguesa.

 

A influência e importância dos Templários em Portugal foi de tal forma que a Ordem de Cristo é a última e única réstia sucessora que ficou desta Ordem religiosa, sendo Portugal o único pais esta herança secular.

 

A Cruz da Ordem de Cristo ou Cruz de Portugal é o emblema da histórica Ordem de Cristo, que desde então tornou-se um símbolo intrínseco a Portugal.

 

Foi usado, por exemplo, nas velas das naus do tempo dos Descobrimentos e na atualidade é usado pela Força Aérea Portuguesa, nos navios da Marinha Portuguesa, na bandeira da Região Autónoma da Madeira e em mais brasões de cidades portuguesas, insígnias, símbolos e emblemas de clubes portugueses.

 

CRISTÓVÃO COLOMBO IRMÃO DA ORDEM

 

Cristóvão Colombo era português, e de Cuba? 

Segundo a tese oficialmente aceite, Colombo é genovês.

 

Nos últimos anos surgiram novos livros de investigação com a tese de que Cristóvão Colombo era português - de Cuba, no Alentejo - e não genovês, como conta a versão "oficial" da história.

 

Será mesmo assim?


Para discutir os mistérios em torno do explorador, o Núcleo de Amigos de Cuba e a câmara municipal organizam uma tarde de conferências no centro cultural da vila.

 

Dos EUA virá o luso-americano Manuel da Silva Rosa - que há 17 anos anda às voltas com os mistérios de Cristóvão Colombo.

 

Na sua palestra em Cuba, Manuel Rosa vai argumentar que o documento aceite como testamento de Colombo, de 22 de Fevereiro de 1498, é falso.

 

Ora, este documento, sublinha Rosa, é o único em que Colombo aparece descrevendo-se como um tecelão de Génova.

 

"Todos os outros documentos que falam de Génova são de terceiros", diz Manuel Rosa.

 

"Há 200 ou 300 anos que os historiadores se apoiam neste testamento como prova de que ele era um tecelão de Itália."

 

Manuel Rosa não está nada convencido desta tese, e explica porquê: um dia antes de morrer, a 19 de Maio de 1506, na cidade espanhola de Valhadolid, Colombo mandou chamar o notário e várias testemunhas para fazer uma adenda a um testamento que tinha feito em 1502.

 

Pedido a um morto.

 

A adenda de 1506 ainda existe, no Arquivo Geral das Índias, em Sevilha; o testamento de 1502 é que já desapareceu.

 

Em seu lugar, surgiu uma cópia do suposto testamento de 1498, apresentada por um Baltasar Colombo, cidadão de Génova, que dizia ser familiar do explorador.


Afinal, estava a decidir-se uma das maiores heranças do mundo, no processo judicial que se seguiu à morte de Colombo.

 

No testamento de 1498, Cristóvão Colombo pede a alguém já falecido, o príncipe D. Juan, filho dos reis de Espanha, que faça cumprir o documento, uma vez que o posto de almirante fazia parte da herança e eram os reis quem controlava esses cargos.

 

Mas D. Juan morrera a 6 de Outubro de 1497 - quatro meses e meio antes do testamento de 1498 ter sido escrito.

 

"Se Colombo não soubesse que D. Juan tinha morrido, ficava a dúvida''.

 

Mas temos uma prova escrita de que ele sabia.

 

Essa prova surgiu cerca de um mês depois da morte do príncipe: os filhos de Colombo, D. Fernando e D. Diego, tinham sido pajens de D. Juan, e existe o relato de um deles a dizer que o pai os enviou, a 2 de Novembro de 1492, para servir de pajens à rainha D. Isabel.

 

Portanto, conclui este historiador amador, Colombo soube da morte do príncipe pelo menos um mês depois e não iria assinar um documento três meses mais tarde a pedir a um morto para cumprir o testamento.

 

Então, se não era de Génova, era de onde?

 

"Com tudo o que sei hoje, só pode ter sido um nobre português ou estrangeiro que veio para Portugal muito novinho aprender a língua portuguesa como materna", diz Manuel Rosa.

 

"Ele nunca escreveu em italiano. 

 

Escrevia em castelhano com palavras portuguesas.

 

E quando escrevia para Itália, escrevia em castelhano."

 

Veríssimo Serrão convencido a "99 por cento" de que Colombo seria português.

 

Muitos mistérios em torno de Critóvão Colombo continuam em aberto.

 

Onde está sepultado - na República Dominicana? - é um deles.

 

O que foi fazer para Espanha?

 

Foi de fato trabalhar para os reis católicos, Fernando e Isabel?

 

Ou era um agente secreto ao serviço do rei português D. João II, para desviar as atenções espanholas da costa africana e da descoberta do caminho marítimo para a Índia?

 

Cristoval Colon, como era conhecido Colombo em Espanha, era o nome que inventou para se proteger?

 

Informático de profissão, a paixão de Manuel Rosa é investigar a vida do navegador.


O resultado desse trabalho encontra-se nas 638 páginas da versão portuguesa do livro O Mistério Colombo Revelado (Ésquilo), publicado em 2006.

 

Manuel Rosa continua na peugada de Colombo, e promete trazer alguns fatos novos no final do ano, numa nova edição do seu livro, mais concisa e clara.

 

Esta tese sempre foi muito atacada, principalmente pelo fato de quem a investigou não ser licenciado em História.

 

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Mas o historiador Veríssimo Serrão, depois de ter lido a imensa pesquisa de Manuel Rosa, escreveu-lhe para dizer: "[...] Que o seu Colombo Revelado foi objeto de leitura e releitura, e que me convence a força da argumentação que o Manuel Rosa apresenta.


Posso dizer que estou de acordo com o Manuel Rosa em 99 por cento dos pontos que oferece à meditação do leitor."


Na carta, em parte disponível no site do autor (www.colombo.bz ), Veríssimo Serrão diz ainda: "Há muito que eu defendo também ser ele um "agente duplo" de D. João II, que foi necessário ao grande monarca até 1488, mas que após o descobrimento do Cabo da Boa Esperança já não servia o plano índico ou indianista de Portugal!"

 

                                    VOCÊ SABIA:      

Monarquia Portugal antiga criada por Afonso Henriques  (Rei D.Afonso I) em 1140, foi o Rei aclamado por seus vassalos.

 

Daí considerar-se que o poder residia na Nação.

 

Que o delegava ao soberano.

 

Que caso fosse contra as leis estatutárias e violasse os costumes do Reino podia ser deposto.

 

Em 1254 nas cortes de Leria, ao lado do Rei, no Conselho de sua majestade figuram os representantes do povo pela primeira vez na Europa.

 

VOCÊ SABIA:

A povoação Portuguesa do território ultramarino  da América(Estado do Brasil), constituiu o conjunto dos territórios do continente americano português pertencentes à Ordem de Cristo conforme bulas papal.

 

As Bulas papais de 1418, 1431, 1447, 1452, e 1454,estipulam que todas as terras descobertas pelo Infante D. Henrique pertençam à Milícia e Ordem de Cristo pelos tempos futuros perpétuos.

 

Assim sendo, a 22/4/1500, Pedro Álvares Cabral incorpora ao patrimônio da Ordem de Cristo a terra de Vera Cruz, depois Província de Santa Cruz, ou seja, o Brasil não pertencia a Portugal nem a Coroa Portuguesa, mas era patrimônio da Ordem de Cristo e governado pela Monarquia Portuguesa.

 

O Estado do Brasil foi uma unidade administrativa da América Portuguesa criada durante o reinado de Dom João III de Portugal, fazendo parte do período conhecido como Brasil ''Colônia'' (1530-1815), em que o território brasileiro constituía uma Província ultramarina do Reino de Portugal.

 

Outra unidade foi posteriormente criada: o Estado do Maranhão, cuja capital era São Luís.

 

Entre os territórios da Coroa de Portugal incluíam-se reinos (Portugal, Algarves e, mais tarde, Brasil), senhorios (Guiné, Etiópia e Pérsia) e estados (Brasil, Maranhão e Índia), conforme se verifica em "História da Companhia de Jesus no Brasil" de autoria do Padre Serafim Leite, Tomo VI, pag. 265.1945.

 

A partir de meados do século XVIII a Coroa portuguesa procurou definir os contornos de sua possessão americana, por meio de tratados de limites firmados com a monarquia espanhola, dos quais o mais importante foi o Tratado de Madri.

 

VOCÊ SABIA:

No livro O Brasil não foi colônia

1.1) Segundo José Pedro Galvão de Sousa, não vigorou entre nós nenhum estatuto colonial, no sentido de nos colocar numa situação inferior a dos que nasceram em Portugal.

 

Sempre tivemos os mesmos direitos que os portugueses da europeu, pois sempre fomos considerados portugueses da América.

 

1.2) Some-se a isso o fato de que o Estado do Brasil tinha símbolos próprios - se o Brasil fosse ''colônia'', não poderia ter um símbolo que marcasse sua identidade local; as câmaras republicanas tinham autonomia para cuidar dos assuntos locais e podiam ter um exército local, verdadeiras milícias constituídas por gente local feitas de modo a proteger a localidade em caso de invasão de território.

 

Isto explica porque o Brasil é grande.

 

2.1) A coisa só foi mudar de figura quando D. Pedro I nos outorgou a carta de 1824 e começou a desmontar todo o sistema administrativo português sob a mentirosa a alegação de que o Brasil foi ''colônia'', inspirados nas mentiras de seu mentor, José Bonifácio.

 

2;2) O centralismo asfixiante nasceu nesta circunstância.

 

E o Exército Brasileiro é o maior ícone do centralismo - ele foi reresponsável pelo desarmamento do povo, ao longo da História, fora que toda sua tradição foi inventada, o que confirma a tese que o Brasil de 1822 é uma comunidade imaginada pela maçonaria, na contramão do que decorre de Ourique (basta vermos como Góes Monteiro e Dutra organizaram o processo de invenção de tradições durante a Era Vargas - há um livro que trata sobre isso: o Inventando tradições no Exército brasileiro: José Pessoa e a reforma da Escola Militar)

 

3) Toda uma idéia de identidade nacional começou a ser construída no Império de modo a esquecermos nossa herança portuguesa e a missão da qual somos herdeiros: a de servirmos a Cristo em terras distantes.

 

Isso faz com que esqueçamos o heroísmo que foi feito de modo a povoar esta terra de modo a se servir a Cristo em terras distantes.

 

O povo é realmente heróico, mas a história não está contada de maneira correta, pois nega o passado português.

 

Há um quê de ideologia nessas homenagens (o positivismo dos militares é tão revolucionário quanto o comunismo).

 

E precisamos ver o que não é visto.

 

José Octavio Dettmann

 

Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2020

 

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